É que realmente, é uma história maravilhosa, envolta de mistérios, tragédias.
Vou falar primeiramente do ponto de vista científico brasileiro.

Ela foi descrita por Johan Wagler em 1832.
Mas só em 1986 é que descobriram sua área de ocorrência, e infelizmente as "últimas" 3 spixiis livres na natureza, no município de Curaçá, na Bahia.
Eu poderia falar mais sobre, porém o Projeto Ararinha Azul junto com o SAVE Brasil, fizeram esse ótimo e curto "documentário" sobre a spixii, de
6:30 min. Assista, e assim continuaremos com minha opinião.
Jovens ararinhas (Foto: Al Wabra)
Ok, terminaram de assistir?
Pois bem, continuando..
O governo brasileiro deu a ararinha-azul como extinta na natureza, porém, as demais ONGS e Projetos de conservação no exterior ainda não deram como extinta na natureza a ararinha-azul, e isso não é por "delay" já que a suposta "última" teria sido extinta 14 anos atrás.
A ararinha-azul, hoje, como dito oficialmente, só há em cativeiro. Foram apreendidas todas as ararinhas em cativeiro, pelo mundo todo, e hoje tentam a reprodução delas.
O número de ararinhas-azuis em todo o mundo já chegou a ser 15.
Com a reprodução em cativeiro, em 2010 o número oficial era 73, com o seguinte esquema:
Instituições | Localidade | Machos | Fêmeas | Desconhecido | Total |
---|---|---|---|---|---|
Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP) | ![]() | 22 | 34 | 0 | 56 |
Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) | ![]() | 0 | 2 | 0 | 2 |
Fundação Parque Loro (LPF) | ![]() | 3 | 5 | 0 | 8 |
Fundação Lymington (LF) | ![]() | 2 | 1 | 0 | 3 |
Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP) | ![]() | 2 | 1 | 0 | 3 |
Total | 29 | 43 | 0 | 72 |
Em 2013 o número era 79.
Hoje, o número de ararinhas azuis oficial ainda não foi divulgado, porém, podemos estimar 100-120 exemplares em todo o mundo.
Ararinhas criadas em cativeiro (Foto Al Wabra)
Voltando em 2000.
Na natureza, a última ararinha azul, que desapareceu, vivia com maracanãs, e tentava acasalar com elas, que não são do mesmo gênero, por isso, o resultado sempre dava errado.
Essa era a tentativa frustrada da última ararinha azul para tentar manter sua espécie.
Assista este filme, sobre "O sobrevivente solitário" e entenda um pouco mais sobre isso.
Bem, agora, voltando para a atualidade, várias ararinhas foram capturadas em todo o mundo, a maioria estavam "idosas".
No Reino Unido, Presley, uma ararinha-azul, tentara copular com uma outra da mesma espécie, porém os ovos não foram férteis.
Agora, por problemas de saúde, e a idade avançada, Presley não pode reproduzir, e vive junto com uma Ararajuba.
(Foto Fundação Lymington)
E agora, falemos sobre o motivo da extinção.
Qual será o maior fator? É óbvio, o tráfico!
"O tráfico foi o principal responsável pela extinção da espécie. E o maior traficante mora hoje em Petrolina (PE)", diz Yara de Melo Barros, coordenadora do programa de reprodução da ararinha desde 1990 e diretora do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR).
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