sábado, 2 de agosto de 2014

Salvem as ararinhas-azuis! (Cyanopsitta Spixii) - Extintas na natureza.

Pois bem pessoal! Eu realmente me apaixonei pelas spixiis. Tenho até que agüentar meus amigos tirando sarro de mim, por falar em todo momento sobre as ararinhas-azuis! hahaha.
É que realmente, é uma história maravilhosa, envolta de mistérios, tragédias.
Vou falar primeiramente do ponto de vista científico brasileiro.
As ararinhas-azuis são psitacídeos, as únicas do gênero Cyanopsitta, ela foi descoberta em 1819 em Joazeiro, na Bahia por Johan Batipste Von Spix.
Ela foi descrita por Johan Wagler em 1832.
Mas só em 1986 é que descobriram sua área de ocorrência, e infelizmente as "últimas" 3 spixiis livres na natureza, no município de Curaçá, na Bahia.
Eu poderia falar mais sobre, porém o Projeto Ararinha Azul junto com o SAVE Brasil, fizeram esse ótimo e curto "documentário" sobre a spixii, de
6:30 min. Assista, e assim continuaremos com minha opinião.
    Jovens ararinhas (Foto: Al Wabra)

Ok, terminaram de assistir?

Pois bem, continuando.. 
O governo brasileiro deu a ararinha-azul como extinta na natureza, porém, as demais ONGS e Projetos de conservação no exterior ainda não deram como extinta na natureza a ararinha-azul, e isso não é por "delay" já que a suposta "última" teria sido extinta 14 anos atrás.

A ararinha-azul, hoje, como dito oficialmente, só há em cativeiro. Foram apreendidas todas as ararinhas em cativeiro, pelo mundo todo, e hoje tentam a reprodução delas.
O número de ararinhas-azuis em todo o mundo já chegou a ser 15.
Com a reprodução em cativeiro, em 2010 o número oficial era 73, com o seguinte esquema:
InstituiçõesLocalidadeMachosFêmeasDesconhecidoTotal
Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP)Catar Al Shahaniyah2234056
Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP)Alemanha Berlim0202
Fundação Parque Loro (LPF)Espanha Tenerife3508
Fundação Lymington (LF)Brasil São Paulo2103
Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP)Brasil São Paulo2103
Total2943072
(Wikipédia)

Em 2013 o número era 79.

Hoje, o número de ararinhas azuis oficial ainda não foi divulgado, porém, podemos estimar 100-120 exemplares em todo o mundo.

                                           

                                          Ararinhas criadas em cativeiro (Foto Al Wabra)

Voltando em 2000.
Na natureza, a última ararinha azul, que desapareceu, vivia com maracanãs, e tentava acasalar com elas, que não são do mesmo gênero, por isso, o resultado sempre dava errado.

Essa era a tentativa frustrada da última ararinha azul para tentar manter sua espécie.
Assista este filme, sobre "O sobrevivente solitário" e entenda um pouco mais sobre isso.


                                       

Bem, agora, voltando para a atualidade, várias ararinhas foram capturadas em todo o mundo, a maioria estavam "idosas".
No Reino Unido, Presley, uma ararinha-azul, tentara copular com uma outra da mesma espécie, porém os ovos não foram férteis.
Agora, por problemas de saúde, e a idade avançada, Presley não pode reproduzir, e vive junto com uma Ararajuba.


                                           (Foto Fundação Lymington)

E agora, falemos sobre o motivo da extinção.
Qual será o maior fator? É óbvio, o tráfico!

"O tráfico foi o principal responsável pela extinção da espécie. E o maior traficante mora hoje em Petrolina (PE)", diz Yara de Melo Barros, coordenadora do programa de reprodução da ararinha desde 1990 e diretora do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR).


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