Há 2 anos cá estava eu mobilizado com a situação das ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), escrevendo um post para o meu blog com o intuito de sensibilizar algum navegante nessas águas da internet sobre a extinção das ararinhas-azuis. Se quiser dar uma olhada clica aqui!
E hoje eu volto para dar boas notícias, fruto de trabalho árduo de diversas organizações de preservação ambiental, não só locais, mas internacionais.
Se em um momento da história já chegamos a ter um número de somente 15-20 ararinhas-azuis, hoje é com muito orgulho que digo que temos aproximadamente 128 ararinhas em cativeiro! E o número só cresce.
Mas vamos às notícias!
Após 14 anos, os primeiros filhotes brasileiros:
2016 está sendo um ótimo ano para as Spixii! O ICMbio divulgou no início de Junho que após 14 anos, o Brasil finalmente conseguiu reproduzir as ararinhas-azuis em cativeiro!
Ararinha-azul avistada na natureza?
Na final do mês passado, 24 de junho, uma ararinha-azul foi avistada na natureza no sul da Bahia em Curaçá! Sim, é isso, depois de 15 anos ressurge um sobrevivente solitário. Eu que sempre nutri a esperança de que alguma ararinha-azul ainda estivesse resistindo, mesmo depois da morte do "último" exemplar em outubro de 2000, fiquei muito contente com a notícia. Dá uma olhada no curto vídeo que foi gravado:
O mais provável que tenha acontecido é que após as constantes "blitz" de ONGS na região, algum morador que possuía uma ararinha-azul em cativeiro, resolveu soltá-la com medo de ser pego. Mas me faz sorrir em pensar que essa ararinha-azul seja selvagem e que esteja resistindo na Caatinga, improvável, mas poético.
Agentes do ICMbio foram contatados e procuraram a ararinha solitária, que infelizmente não foi encontrada, mas espero que esteja sobrevivendo em meio às adversidades.
As ararinhas-azuis voltarão à natureza!
Após o ressurgimento da nossa Spixii solitária, tenho uma outra notícia que nos fará sorrir: já temos planos para a reintrodução das ararinhas-azuis em seus habitats! O ICMbio com diversos apoios de ONGS e do governo, irá reintroduzir as ararinhas em uma área propícia e monitorada de 40 mil hectáres, que contará com um centro de monitoramento. A data? 2019.
Em cerca de 3 anos, veremos a tentativa das ararinhas azuis de se readaptarem ao seu habitat natural. Ficaremos ligados e torcendo para que a natureza, que é incrível, faça o seu papel e que reative o instinto natural de sobrevivência no DNA das nossas Spixii.
Os casais já estão sendo preparados!
Clica aqui pra dar uma olhada aqui no artigo do ICMbio sobre a reintrodução das ararinhas-azuis na Caatinga.
Obrigado pela leitura.
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